Este post pretende alertar as pessoas para terem em atenção a sua saúde e bem-estar, daí o título alarmista.
Antes de entrar pela parte da radiação ultravioleta e os possíveis danos na saúde, vou falar um pouco da camada do ozono (sim, porque quando nós prejudicamos o funcionamento da natureza prejudicamos todos os seres vivos do planeta).
Existem dois locais onde podemos encontrar o ozono. Na troposfera onde ele é um poluente tóxico e pode causar graves problemas à saúde humana, este origina das emissões de gases de industrias, de escapes de automóveis de fotocopiadoras, entre outros. E temos o ozono da estratosfera, onde se encontra a dita camada de ozono, é ela quem absorve grande parte das radiações ultravioletas protegendo a vida na Terra. É o ozono estratosférico que nos interessa neste post. Este pode ser decomposto por várias reacções catalíticas quer naturais (emissão de grandes quantidades de partículas finas e aerossóis de ácido sulfúrico dos vulcões, as PSCs), quer antrópicas (sobretudo a emissão de CFC’s, actualmente já banidos mas que continuam a ter efeitos na deplecção da camada do ozono). Quando o ozono é decomposto a uma velocidade maior do que à que se forma (devido à introdução de poluentes quer naturais quer antrópicos), não consegue cumprir a sua função de absorver os UV, deixando-os assim chegar até nós.
Existe três tipos de radiação ultravioleta: UV-C, UV-B e UV-A. Em condições normais a camada do ozono absorve 100% da radiação UV-C (que é letal), 95% da radiação UV-B e 50% da radiacção UV-A (há-de observar que nos protectores solares costuma-se ler que protege UV-A e UV-B). Quando a camada do ozono é decomposta uma pequena percentagem de radiações UV atingem a superfície terrestre causando estragos a vários níveis, são eles:
- Desequilíbrios no clima, influenciando o aumento da temperatura na camada inferior da atmosfera, portanto é um dos contributos para as alterações climáticas
- Afecta os ecossistemas aquáticos, a intensificação das radiações UV interferem no crescimento, na fotossíntese e na reprodução do plâncton, estas plantas e animais microscópicos que se encontram na base das cadeias alimentares, são responsáveis por grande parte da produção de oxigénio do planeta, e por sua vez pela absorção do dióxido de carbono, ajudando a Terra no combate ao aquecimento global.
- Consequências na produção agrícola que levam à redução de produtos alimentares, pois as radiações UV podem afectar todo o processo fotossintético, ocorrendo assim um atraso no crescimento da planta, danos causados a nível das folhas e sementes levando o vegetal a ficar mais exposto ao ataque de pragas.
- Degradação dos materiais utilizados na construção
- Consequências ao nível da saúde como destruição de proteínas e do ADN, provocando cancros de pele, cataratas e alterações no sistema imunitário.
Como é importante que o publico em geral tenha informação sobre a radiação UV e sobre os possíveis danos, a comunidade cientifica definiu um parâmetro onde indica a exposição a esta radiação. Este parâmetro é o IUV – Índice UV que pode encontrar no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. No mesmo site pode encontrar os cuidados a ter.
É importante referir que em quantidades adequadas (muito pequenas), as radiações ultravioletas são úteis à vida, contribuindo para a produção da vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.
Resumindo, um raio de sol pode ser ‘fatal’ se os níveis de ozono estiverem baixo e portanto os níveis de UV estarão altos, ai tome as devidas precauções!
Adquira, este novo hábito, antes de se expor ao sol perca uns segundos a ver qual o IUV para esse dia e proteja-se adequadamente!
Para hoje tem na imagem que se segue:

fontes:
conhecimentos adquiridos
http://www.ipma.pt/pt/enciclopedia/amb.atmosfera/uv/index.html?page=cuidados_ter.xml
http://www.ipma.pt/pt/enciclopedia/amb.atmosfera/uv/index.html?page=cuidados_ter.xml
fonte imagem: http://www.ipma.pt